Estufa Fria de Lisboa

No século XIX, o Parque Eduardo VII – homenagem ao monarca do Reino Unido - onde se situa a Estufa Fria de Lisboa, era uma pedreira da qual se extraía basalto. Parece incrível, mas da mesma forma que a água nutre as plantas, foi a água que alimentou o encerramento da pedreira, sendo a percursora de um local repleto de beleza verdejante na atualidade. Por isso, fazemos uma menção honrosa à, desconhecida para muitos, Ribeira de Valverde! Descia o Vale Verde ou Vale de Santo Antão, hoje, o Parque Eduardo VII, passando o Marquês de Pombal e seguindo pela Avenida da Liberdade abaixo.

Em 1912, um jardineiro anónimo decidiu começar neste preciso local a criação de um espaço que reunisse espécies de plantas dos quatro cantos do mundo. No entanto, a estufa só é construída em 1930, quatro anos volvidos após ter sido conjeturada pelo arquiteto Raul Carapinha. No ano 1933, dá-se a inauguração e as portas da Estufa Fria de Lisboa são abertas ao público.

O recinto da estufa encontra-se dividido em cinco zonas diferentes, a Estufa Fria, Estufa Quente, Estufa Doce, Lago Exterior e Nave, um amplo edifício com dez cúpulas.

A Estufa Fria, assim batizada por se encontrar à temperatura ambiente, alberga plantas originárias de países desde o Brasil até à China!

Na Estufa Quente, são cultivadas plantas que necessitam de ambientes com temperaturas mais elevadas para prosperarem, tais como, a bananeira ou a mangueira.

Ironicamente, a Estufa Doce está destinada a receber as plantas da família Cactaceae, ou seja, os catos cujo toque é tudo menos doce! Por seu turno, o Lago Exterior confere à estufa fria um carácter bucólico e refrescante, e a Nave é palco de eventos organizados a cargo de uma empresa.