Tapada das Necessidades

A Tapada das Necessidades, outrora Cerca das Necessidades, é o jardim de dez hectares do Palácio das Necessidades, inicialmente muito mais reduzido e projectado em estilo barroco por arquitectos italianos a mandado de D. João V, em 1743, e mais tarde redesenhado em estilo paisagístico inglês pelo mestre jardineiro Jean Bonnard, a pedido de D. Fernando Augusto, em 1841.

A história do jardim é longa, atravessa séculos de reinados, religiões e revoluções, mas ainda hoje continua a ser um dos mais belos jardins com vista para o Tejo e Ponte 25 de Abril, no coração do Bairro dos Prazeres.

Duas entradas superam o muro circundante de pedra, uma a Norte, na Rua do Borja, e outra a Sul, no Largo das Necessidades à direita do palácio. Esperam-nos longos trilhos de terra batida que nos conduzem à beleza natural do verde.

Seguindo pela entrada Sul, a surpresa de uma grande clareira relvada que, além de receber eventos musicais como o Outjazz e Lisboa Soa, faz o gosto ao descanso dos visitantes. A densidade do bosque oferece-nos inúmeras espécies de árvores e arbustos extremamente bem cuidados como pinheiros, palmeiras, acácias, amoreiras, entre outros. O jardim é tão robusto que se identifica facilmente do outro lado da margem do Tejo.

Escondidos na vegetação, três lagos refrescam fauna e flora: Lago da Palmeira, Lago das Estrelícias e Lago Duque de Lafões. Com sorte, vêem-se famílias de patos em fila junto aos lagos. Há também lugar para um chafariz e uma cascata.

A estrutura redonda de cúpula de ferro e vidro chama-se Estufa Circular e foi mandada erguer por D. Pedro V em 1857. Junto ao mesmo local, passamos pelo Jardim dos Cactos que diz-se ser um dos mais antigo da Europa.

Destacam-se outras duas estruturas importantes, a Casa de Fresco e a Casa do Regalo, esta última antigo atelier da Rainha D. Amélia construído em 1889.

É, sem dúvida, um jardim romântico e convidativo a longos passeios pelo fresco das árvores, tornando-o num espaço verde de referência para todos os visitantes de Lisboa.